sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Links para saber mais - Mãe é mãe

Instinto materno é umas das forças mais poderosas do universo. Manter a prole feliz e saudável é uma das prioridades da maioria das mães do mundo animal. Desde mães humanas até não humanas como gatas, cadelas, galinhas, patas, etc. Todo esse mecanismo de proteção e amor à prole é ligado ao hormônio ocitocina, encontrado em diversos animais. A pergunta é: como essa relação de proteção evoluiu?

Para entender essa questão, pesquisadores do Reino Unido e da Bélgica foram pesquisar os instintos maternais do nematódeo Caenorhabditis elegans. O que eles encontraram foi que, mesmo organismos mais simples, como esse verme, possuem instinto de proteção à prole e mostram comportamentos que protegem a sua prole quando há algum perigo. Eles viram que quando a fonte de alimento começava a diminuir, os vermes “pais” deixavam a fonte de alimento. Dessa maneira, sobrava mais recursos para sua prole. Os cientistas fizeram experimentos que comprovam que esse comportamento é consequência do hormônio nematocina que é uma versão nematódea do hormônio ocitocina encontrado em animais mais complexos. 
Proporção de C. elegans adultos e larvas que deixam a fonte de alimento. Enquanto a fonte de alimento é abundante, larvas e adultos deixam a fonte, mas quando o alimentos começa a diminuir, uma quantidade significativamente maior de adultos deixa a fonte de alimento. Fonte: Artigo original.

Em humanos e outros animais, esse hormônio é conhecido por controlar a sociabilidade e, muitas vezes chamado “hormônio do amor”. De acordo com os cientistas, o comportamento que faz com que nossos pais queiram nos ver bem e saudáveis é muito antigo e existe mesmo em organismos com sistemas nervosos muito simples, como nematódeos.


Referências:
Love hormone' leads worms to show their caring side. ScienceDaily.

Euan Scott, Adam Hudson, Emily Feist, Fernando Calahorro, James Dillon, Raissa de Freitas, Matthew Wand, Liliane Schoofs, Vincent O’Connor, Lindy Holden-Dye. An oxytocin-dependent social interaction between larvae and adult C. elegans. Scientific Reports, 2017; 7 (1) DOI: 10.1038/s41598-017-09350-7.

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