Os cromossomos são formados por diversos genes (e regiões não codificadoras). Os genes podem sofrer mutações, gerando um novo produto ou perdendo a capacidade de formar uma proteína funcional. Até aí nenhuma novidade. A novidade vem quando cientistas conseguem provar que, dependendo da posição do gene, este é mais ou menos propenso a sofrer mutações. Em última instância, a evolução de um gene é dependente da sua localização no cromossomo.
O grupo de pesquisadores, do Instituto de Tecnologia da Áustria, conseguiu provar essa afirmação através de um experimento com bactérias. Eles adicionaram um gene de resistência à tetraciclina em uma cepa de E. coli que permitia à bactéria expulsar o antibiótico caso esse adentrasse a membrana. Após isso, os cientistas adicionaram quantidades crescentes de tetraciclina ao meio de cultura com o objetivo de “ligar” o gene. O gene poderia ser mais ativo caso ocorresse uma mutação que aumentasse a atividade do gene. Dessa maneira, as bactérias ficariam aptas a sobreviver e se multiplicar. O que os cientistas observaram foi que, dependendo da posição do gene no cromossomo, a sobrevivência das bactérias era maior ou menor, pois a vizinhança do gene influenciava ou até impedia que a mutação que aumentava a atividade do gene ocorresse.
Classificação dos genes de E.coli de acordo com o potencial adaptativo. Genes que estão na intersecção de todos os círculos possuem maior potencial adaptativo baseado na vizinhança no cromossomo. |
Os cientistas esperam que os resultados possam ser úteis para prever se uma resistência a determinado antibiótico é esperada ou não.
Referências:
www.sciencedaily.com/releases/2017/07/170725083649.htm
Artigo original aqui (disponível para download).
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