Com isso em mente, cientistas do Centro Médico da Universidade de Stanford resolveram avaliar se (1) a mudança na alimentação, altera realmente a nossa flora intestinal? e (2) como a nossa microbiota está se comportando com a mudança drástica na nossa alimentação nos dias de hoje (com o aumento de produtos industrializados)? Para responder essas perguntas, os pesquisadores avaliaram uma população de caçadores-coletores da Tanzânia chamados Hadza. Os Hadza possuem poucos itens alimentícios e eles variam de acordo com a estação (já que não é possível armazenar e obviamente eles não frequentam supermercados). Basicamente os itens disponíveis são carne, frutas de uma árvore chamada baobá e tubérculos na estação seca e frutas do tipo baga (berries), tubérculos, baobá e mel na estação chuvosa.
http://edition.cnn.com/2017/07/05/health/hunter-gatherer-diet-tanzania-the-conversation/index.html |
Outro fato interessante é que essas espécies de bactérias que diminuíam substancialmente na estação chuvosa (quando tinha pouco aporte de fibras) são as mesmas espécies encontradas em outras populações de caçadores-coletores em lugares distantes como África e América do Sul e ausentes no intestino da maioria das populações que vivem em grandes cidades. Estamos perdendo esse grupo de bactérias da nossa microbiota intestinal (ou já perdemos)? Qual a importância delas para a nossa saúde? São perguntas que vão ficar para um próximo estudo.
Referências:
Hunter-gatherers' seasonal gut-microbe diversity loss echoes our permanent one. ScienceDaily.
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